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07/12/08

Travar HIV-SIDA com imagens

No dia 1 de Dezembro de 2008, celebrou-se a nível mundial, mais uma jornada de luta contra SIDA. Isto numa altura em que as mentes brilhantes e arautos do ocidente, apontam o continente africano como o epicentro da chamada doença do século.

No terreno, as autoridades não poupam esforços na sensibilização da população, em particular a juvenil. A comunicação social é, obviamente, o instrumento essencial para atingir o público-alvo. Na nona arte a contribuição de alguns autores tem sido notável, sobretudo na Guiné-Bissau, de onde me enviaram o texto que se segue.
Os irmãos gémeos guineenses Manuel e Fernando Júlio (na foto, cuja fisionomia é tão idêntica a do irmão), lançaram recentemente uma colecção de livro de banda desenhada intitulado “EXEMPLO“, para sensibilizar os leitores sobre o perigo da HIV-Sida. Esta imagem ilustrada por Manuel Júlio, fala por si.
Entrevistados pelo jornalista Braima Fati, na Guiné-Bissau, começam por recordar seus percursos no campo da banda desenhada (BD). “Tudo começou com paixão de desenhar no chão quando éramos crianças” conta Fernando Júlio. Depois entram na Cerâmica Artística de Plubá, em Bissau, “como modelistas e criadores tendo como orientadores o técnico português José Marques e o pintor Augusto Trigo “, sublinha.
Por seu lado, Manuel Júlio, acrescenta: “começamos a trabalhar como ilustradores num jornal editado pelos professores de um Liceu de Bissau”, na qual a última página era destina a BD. “Trabalhávamos em piores condição, sem materiais apropriados para desenho. E as vezes, os nossos trabalhos nem chegam a ser editadas”, diz.
Em 1982, Manuel lança a primeira edição da colecção NTORI PALAN, inspirado no famoso TINTIN, para divertir, informar e sensibilizar os seus leitores sobre o quotidiano. A seguir, Fernando coloca, também no mercado, a sua primeira colecção III N´KRUBADOS, muito divertida e que teve um recorde de venda na Guine-Bissau. Estes gémeos já publicarem mais de cinco edição de BD em língua crioulo e francês, sem apoio do Governo guineense e do sector privado.

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